BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DAS DORES
(branco, seq. facultativa, pref. de Maria – ofício da memória)
Simeão disse a Maria: Este menino será motivo de queda e de ressurreição para muitos em Israel e sinal de contradição; uma espada traspassará tua própria alma (Lc 2,34s).
Esta memória litúrgica foi inserida no calendário romano pelo papa Pio 7º, no século 19. A devoção a Nossa Senhora das Dores sintetiza as tribulações de toda a vida de Maria. A seu exemplo, busquemos enfrentar, com sabedoria e oração, as situações difíceis do dia a dia.
Primeira Leitura: Hebreus 5,7-9
Leitura da carta aos Hebreus – 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 30(31)
Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
1. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! / Porque sois justo, defendei-me e libertai-me, / apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! – R.
2. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; / por vossa honra, orientai-me e conduzi-me! – R.
3. Retirai-me desta rede traiçoeira, / porque sois o meu refúgio protetor! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.
4. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.
5. Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, / que reservastes para aqueles que vos temem! / Para aqueles que em vós se refugiam, / mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. – R.
Evangelho: João 19,25-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, / do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. – Palavra da salvação.
Evangelho opcional: Lucas 2,33-35.
Reflexão:
Maria acompanhou Jesus ao longo de todo o caminho do Calvário, partilhando de suas dores profundas. Na memória de Nossa Senhora das Dores, a liturgia propõe, para nossa meditação, um pequeno trecho da crucificação de Jesus. Nesse momento específico, a tradição identificou a atribuição da maternidade de Maria a todos os cristãos, simbolizados na figura do discípulo amado. Além dessa dor narrada no Evangelho de hoje, a devoção popular enfatiza outras, totalizando sete dores: a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, os três dias que Jesus esteve perdido, o encontro com Jesus levando a cruz, sua morte no Calvário, a descida da cruz e o sepultamento de Jesus. Desde muito cedo, os cristãos que sofrem se identificaram com a Virgem e nela buscaram consolo e força. Em 1814, o papa Pio VII introduziu a presente festa no calendário litúrgico, confirmando a participação dolorosa da Mãe na redenção operada pelo Filho. Após a ressurreição de Cristo, a dor da Mãe deu lugar à alegria e à vida, e essa mesma esperança é pedida hoje aos cristãos que sofrem. Cristo transformará nossa dor em alegria e renovação.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 – PAULUS)